O LinkedIn tem atraído cada vez mais pessoas em todo o mundo, por conta
da promessa de ser a maior rede de contatos profissionais na internet e,
portanto, facilitar a recolocação no mercado de trabalho. E a
consultora em carreiras Kathy Caprino, que já escreveu diversos livros
sobre o assunto, considera que o site tem cumprido muito bem esse papel.
"Você
tem a chance de se conectar com pessoas com interesses comuns que, de
outra forma, nunca teria oportunidade de conhecer", aponta Kathy. "Mas,
depois de dois anos usando o LinkedIn várias horas por dia - e após
aconselhar outras pessoas sobre como construir uma imagem profissional
na rede -, eu tenho testemunhado algumas visões distorcidas", cita a
executiva, em um artigo divulgado na Forbes.
Segundo ela, muitos indivíduos se enganam em relação às expectativas do
que é realmente possível conseguir com essa rede social.
Com base nessa situação, a consultora elencou os sete mitos sobre o LinkedIn, em especial, para quem busca um novo emprego.
Mito 1: O LinkedIn garantirá um emprego
Kathy
explica que as pessoas podem procurar vagas abertas no LinkedIn e se
candidatar a elas pela rede social. Ou, ainda, os profissionais têm a
chance de buscar ajuda de contatos virtuais para que eles os indiquem a
uma determinada oportunidade de trabalho. "Mas essas etapas não vão
garantir um emprego", avisa.
A consultora destaca que para
conquistar um potencial recrutador, os profissionais precisam de muito
mais do que um simples perfil na rede social ou a indicação de alguém
que esteja no LinkedIn. As pessoas precisam convencer os recrutadores de
sua capacidade, o que depende de questões que vão além da internet,
como capacitação, talento, experiência, entre outros.
Mito 2: O LinkedIn vai substituir os recrutadores
Existe
um medo crescente de que o LinkedIn substitua os profissionais de
recursos humanos na condução do processo para busca de profissionais. No
entanto, a especialista explica que isso não faz sentido, já que a rede
social representa apenas um facilitador de uma das etapas: encontrar os
possíveis candidatos.
Nas demais fases do processo de
recrutamento e seleção de profissionais, os recrutadores tradicionais
não são substituíveis. Isso porque, eles precisam selecionar os
currículos mais adequados, entrevistar os possíveis candidatos e fazer
toda a comunicação de suas percepções para os contratantes. "Recrutar é
um trabalho intenso, que requer competências específicas, conhecimentos e
atenção", complementa.
Mito 3: Não é necessário escrever um perfil extremamente completo no LinkedIn
As
pessoas costumam pensar que escrever uma ou duas linhas sobre sua
experiência profissional no LinkedIn já é suficiente. Contudo, Kathy
avisa que isso representa um engano, já que os indivíduos perdem a
chance de mostrar seus diferenciais e resultados. "Como recrutadora,
quando eu vejo um perfil pobre, enxergo isso como uma falta de interesse
da pessoa de se promover, demonstrar um comprometimento e empenho",
ressalta a consultora.
Mito 4: Quanto mais contatos, mais oportunidades vão surgir
"Como
em tudo na vida, qualidade vale mais do que quantidade", informa a
especialista. Portanto, mais do que encher a rede de contatos com
pessoas desconhecidas - só para demonstrar um grande networking -, os
profissionais deveriam estar preocupados em se relacionar, por meio da
rede social, com pessoas realmente relevantes na área em que trabalham
ou que pretendem trabalhar.
Mito 5: O LinkedIn é a melhor rede social para todos os negócios e carreiras
Ao
contrário do que muitos pensam, o LinkedIn não é a melhor ferramenta
para todos os profissionais ou para qualquer pessoa em busca de emprego.
O segredo para entender quando essa rede social é realmente adequada é
analisar se ela representa o ambiente preferido de profissionais,
parceiros e potenciais recrutadores em sua área de atuação. Em alguns
casos, avisa a consultora, o Facebook ou o Twitter podem ser mais
interessantes.
Mito 6: Quanto mais coisas eu postar na rede social, melhor
De novo, Kathy ressalta que a qualidade não supera a quantidade. Assim,
antes de publicar um comentário ou abrir uma discussão no LinkedIn, os
profissionais devem analisar se aquilo vai, realmente, justificar o
tempo e a energia que as pessoas vão gastar para lê-lo. "Tenha certeza
de que as coisas que você compartilha atendem a, pelo menos, uma dessas
funções: informar, entreter, animar, ajudar os outros ou trazer algum
tipo de valor", aconselha.
Mito 7: Pessoas com muitos contatos no LinkedIn são bem-sucedidas profissionalmente
"Ter centenas (ou milhares) de conexões não significa, necessariamente,
sucesso", pontua a consultora, que acrescenta: "Isso significa apenas
que o usuário gastou muito tempo e energia para construir sua rede de
contatos." Ainda segundo ela, os recrutadores não costumam atrelar
volume de conexões a questões positivas sobre o desempenho dos
profissionais.
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