quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Governo detalha critérios para distribuir 100 mil bolsas de estudo no exterio

O programa, que deve privilegiar estudantes de TI e engenharia, será destinado aos alunos que tiveram nota maior do que 600 no Enem.

Na última terça-feira (26/7), o Governo Federal anunciou o lançamento do programa Ciência sem Fronteiras, que vai conceder, a partir de 2012, 100 mil bolsas para que brasileiros estudem no exterior. O programa deve beneficiar, principalmente, estudantes das áreas de ciências exatas, por conta de ser o mercado com maior deficiência de mão de obra qualificada no País, em especial, nas áreas de tecnologia da informação e de engenharia.

Sobre os critérios para escolha dos estudantes beneficiados pelas bolsas – que vão contemplar cursos de graduação, doutorado, pós-doutorado, treinamento, estágio e pesquisa –, a presidente da República, Dilma Rousseff, explicou que elas vão levar em conta as notas dos alunos, assim como vão respeitar o equilíbrio de etnias, classes sociais e regiões do País.

“Não estamos fazendo um programa baseado em quem indica. Estamos criando ações orientadas pelo mérito”, explicou a presidente, de acordo com notícia veiculada no site do Ministério da Ciência e Tecnologia. Nesse sentido, ela informou que os beneficiados terão de apresentar nota acima de 600 no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Além disso, o programa dará prioridade os estudantes que ganharam olimpíadas, principalmente de matemática.

A pré-seleção dos alunos que receberão bolsas do programa Ciência sem Fronteiras será realizada pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e ProUni (Programa Universidade para Todos).

Na reunião que discutiu o assunto, o secretário-geral da Nova Central Sindical de Trabalhadores, Moacyr Auerswald, pediu que o programa venha acompanhado da criação de cursos de línguas, para que os alunos de baixa renda não sejam prejudicados pelo fato de não ter domínio do idioma do país em que estudarão por conta da bolsa.

Quanto à distribuição das bolsas de estudo, 75 mil delas serão custeadas pelo governo federal e 25 mil receberão o apoio de empresas privadas.

Entre as bolsas oferecidas pelo governo, 27,1 mil serão destinadas à graduação, 24,6 mil terão foco no doutorado sanduíche – realizado apenas em parte no exterior – e 9,79 mil irão para doutorados integrais de quatro anos. Também estão incluídas no pacote 8,9 mil bolsas para pós-doutorado, 2,6 mil para estágio sênior, 700 para treinamento de especialistas, 860 para jovens cientistas e 390 para pesquisadores visitantes.

Para obter mais detalhes sobre o Ciência Sem Fronteiras, acesse o documento divulgado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia.

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